PEDRA BRANCA
Uma história em construção
Prof. Mário Angelo Sá de Freitas
Uma história em construção
Prof. Mário Angelo Sá de Freitas
Pedagogo e Pesquisador
"Tardes de minha terra, doce encanto, tardes duma pureza d’açucenas,
tardes de sonho, as tardes de novenas, tardes de Portugal, as tardes dl’anto. Como eu vos quero e amo tanto! Tanto! Tanto!...”
Florbela Espanca
UNIDADE - I
ONDE ESTAMOS - ORIGENS
PEDRA BRANCA
Uma história em construção
Prof. Mário Angelo Sá de Freitas
Uma história em construção
Prof. Mário Angelo Sá de Freitas
Pedagogo e Pesquisador
É com grande
satisfação que apresento e recomendo aos leitores este livro, escrito por Mário
Angelo. Ele é o resultado da dedicação e da coletânea de dados de uma pessoa
qualificada. A fim de orientar aos professores, alunos e leitores sobre nossa história
de Pedra Branca.
O livro fala
dos aspectos históricos, geográficos, religiosos, culturais e dados em geral,
enfatizando as raízes e valores culturais de nossa gente. Levando as crendices
de geração em geração. Este livro que apresenta informações e interpretações de
grande valia. Boa leitura a todos e proveito é o que desejo aos leitores,
professores e alunos.
Prof(a). Maria Ivoneth Braga
Coordenadora
PedagógicaUNIDADE - I
ONDE ESTAMOS - ORIGENS
UNIDADE – I
ONDE ESTAMOS
O Município de Pedra
Branca faz parte da 14º região
administrativa e micro região do sertão central. Sua localização no mapa do
Ceará, esta na latitude Sul: 5° 27’ – longitude Oeste: 9° 43’ . Encravada na serra de Santa Rita a sua
sede esta numa altitude de 500,69m, (dados
do IPLANCE). Corresponde a uma área de 1.303
km2, equivale a 0,88% do território estadual. Nossa cidade limita-se ao
norte com Boa Viagem e Quixeramobim, ao sul com o município de Mombaça, a leste
com Senador Pompeu e a oeste com Tauá e Independência. Temperatura máxima de
28° e média de 20°.
(*) fonte: FUNCEME – INMET.
Nossa cidade tem
duas zonas, uma urbana onde fica a cidade outra rural onde fica serra e sertão.
A cidade é formada por bairros, ruas, avenidas e praças. Temos a parte central
onde ficam localizados os comércios, bancos, farmácias e magazines. Temos
escolas, centro de saúde e hospital municipal. Ruas iluminadas, telefones
públicos e telefonia celular. Estamos interligados com o mundo através da rede
mundial Internet instalados em escolas públicas, particulares e ilha digital.
A cidade de Pedra
Branca possui vários bairros: Santa
Úrsula, Santa Maria, Boa esperança, Bom Princípio, São Francisco (Posto 2), Vila
do Padre, Riso do prado, Bulgari, Nossa Senhora de Lourdes e Centro. Conjunto
habitacional Chico Leandro. Temos quatro avenidas, Sabino Vieira Cavalcante,
Armando Lins, Doca Belo e Avenida Francisco Vieira Cavalcante. Possuímos quatro
praças, Monsenhor Raimundo Oliveira (praça da matriz), N. S. de Fátima,
Leonardo Mota e Praça Aluísio Pessoa.
Na área da zona
rural é formada por três distritos, Capitão
Mor, Santa Cruz do Banabuiú, Tróia e
o maior deles, Mineirolândia. Este
último já com características de uma futura cidade, com praças, avenida, ruas e
bairros, bem como saneamento básico, uma rede de comércio grande, igrejas e um
grande parque de vaquejada.
CEARÁ – POPULAÇÃO RESIDENTE
1.1
|
POPULAÇÃO DO CEARÁ:
|
URBANA:
|
RURAL:
|
*
|
6.809.794
|
4.713.311
|
2.096.483
|
1.2
|
POPULAÇAÕ DE PEDRA BRANCA:
|
URBANA:
|
RURAL:
|
*
|
42.152
|
3.678
|
5.050
|
1.3
|
Área da unidade territorial....................
|
Km2. 1.303
|
|
*
|
Código do Município IBGE..................
|
231050
|
|
*
|
Gentílico: ................. Pedrabranquense
|
(*)Fonte: IBGE\2009
|
(*)
Praça Leonardo Mota
(*) Paço Municipal (Prefeitura) e antiga
Casa Paroquial
PEDRA BRANCA NO MAPA DO CEARÁ
O Estado do Ceará
esta localizado no nordeste do Brasil. Fazendo parte dos 26 estados da
federação e um distrito federal, que é Brasília a capital do Brasil. O mapa é
um desenho técnico, que representa a superfície da terra. Nossa cidade faz parte dos 184 municípios do
Ceará. Como nós cearenses somos chamados de nordestinos, pela junção de norte e
leste.
Estamos distante
de Fortaleza por Quixadá pela rodovia Humberto Teixeira (antiga estrada do
algodão) 287 km .
Vindo de Fortaleza por Canindé pela BR
020 (estrada da fé) e (CE-168) estamos
a 261.60 km
de distância.
Nas décadas de 40 e 50 e 60 o transporte de
algodão e outras mercadorias eram feitos através de mulas e bestas. Eram
verdadeiros comboios de mulas com nossa produção de feijão mulatinho, milho e
algodão para serem embarcados na velha Maria fumaça o trem que passava em
Senador Pompeu. Lembrando que nossa terra era considerada a terra do mulatinho.
Nesta época o trem era o único meio de transporte mais rápido (gastava-se quase oito horas de viagem),
para se chegar à capital. Aqui se mantinha uma linha de ônibus da marca
Chevrollet (o velho misto, cabine dupla) que transportava nossos passageiros
para Senador Pompeu. Nesta época estes ônibus eram mantidos por seu Jader
Coelho. O velho misto do Sr. Jader
carregou muita gente para Senador Pompeu nestas estradas esburacadas. Na década de 60
os Deputados Álvaro e Deusimar Lins Cavalcante, trouxeram o benefício da
construção desta estrada ligando nosso município com os principais troncos
rodoviário do Paíss. O progresso estacionou no tempo, somente na década de 80,
o prefeito Antonio Rodrigues trouxe o asfalto, ligando Pedra Branca à Mineirolândia, trazendo uma
transformação significativa no desenvolvimento de nossa cidade. Nos idos de
2000 ganhamos a ligação asfaltíca Pedra Branca à Boa Viagem, conseguida pelo
ex-prefeito Chico Ernesto, o mesmo
também conseguiu a ligação P. Branca à Cruzeta (BR-226).
(*) Mercado Público
PEDRA BRANCA E SEUS VIZINHOS
Assim como você
tem seus vizinhos das casas à direita e de casas à esquerda, você esta cercados
de gente não só em seu bairro ou distritos e sítios, mas também de cidades
circunvizinhas. Para você entender onde estamos localizados, veja que o sol
nasce no nascente, quer dizer a leste e se põe no oeste ou poente. Fique de pé,
abra os braços e veja que seu braço esquerdo está no leste o braço direito está no oeste
a sua frente esta para o sul e suas
costas para o norte, nesta posição
você esta desenhando os pontos cardeais ou uma rosa dos ventos.
Para ser mais
técnico e entender melhor usa-se a bússola, muito utilizado pelos europeus no
século XIV. Veja que dentro da bússola, onde existe uma agulha imantada, que
sempre aponta para o norte, devido seu magnetismo. Dentro dela existe um
desenho chamado de rosa-dos-ventos eram através destes pontos chamados de
cardeais e colaterais que marinheiros e viajantes se baseavam
Agora você pode se
orientar no mapa e encontrar seu município e as cidades que fazem fronteiras.
Como você pode entender, nosso município possui os seguintes limites:
- Oeste – Independência (onde se põe o sol).
- Leste – Senador Pompeu e Quixeramobim (onde nasce o sol).
- Norte – Boa Viagem (às suas costas).
- Sul – Mombaça e Tauá (à sua frente).
MEIOS DE TRANSPORTES
O mundo hoje está
ligado através de rodovias, ferrovias, aérea e fluvial, também outros meios
técnicos, como o fax, o telefone, o celular, os correios, telegrafo, rádios e a
internet. O transportes em nosso município mais usado são ônibus, carros, caminhões, motos, bicicletas,
cavalos, carroças e jegues. Nosso município é servido de linhas de ônibus
interestaduais, que ligam Pedra Branca a São Paulo, Rio e Brasília. Além de
ônibus intermunicipal que ligam Pedra Branca à Fortaleza, Juazeiro e Sobral.
Temos também transportes nos carros de horário tipo (F-1000 e F-4000), Ligando a sede aos
sítios e distritos. Além de fazerem ligações a Senador Pompeu, Santa Cruz do
Banabuiú, Capitão Mor, Mineirolândia e
Boa Viagem.
Já na área rural
nosso serrano utiliza a moto ou biz, veículo que quase substituiu o velho e sofrido burrico. O
jumento nosso irmão em algumas localidades ainda é utilizado para o transporte
d’água do açude para suas casas, além de cereais e mantimentos. Nosso vaqueiro
ainda utiliza o cavalo para cuidar da lida do gado e guiá-los de uma região
para outra em busca de pasto em épocas de grandes estiagens.
(*) Serra de Santa Rita
(*) Prédio dos Correios / Antigo local
onde funcionou as primeiras vendas de carnes, em barracas de palha.
UNIDADE - Ii
ASPECTOS HISTÓRICOS
Elleva à categoria de villa a
povoação de
O conselheiro Barão de Taquary,
presidente da Província do Ceará, etc.
*(Obs.) Não nos cabe discutir o mérito da questão, se realmente esta data (09 de
agosto de 18 71) foi
apenas simbólica, pois a instalação da Câmara Municipal de Pedra Branca só foi instalada
oficialmente mais de 2 anos depois, no
dia 18 de outubro
de 18 73. Data esta que alguns a querem tê-la como o dia da
emancipação de Pedra Branca. Vale ressalta que o atraso na aplicação da lei foi
por conta da população não ter se apressado em doar a casa para a Câmara e
Cadeia. A Lei nº. 1.407 prova sua emancipação é o que nos
interessa, pois testifica como registro histórico e também por que já faz parte
do calendário comemorativo do município a mais de 40 anos. Lembrando que a data
18 de outubro de 18 73
ela é oficial para a instalação da Câmara Municipal de Pedra Branca, que para
tal precisaria da primeira ( 9 de agosto de 18 71)
para dar início a todo o processo
emancipatório. Portanto não é salutar criar celeumas em torno de uma data que
está mais que provada e aceita pela população, querer mudar esta data é tentar
mudar o rumo da história.
UNIDADE - Ii
ASPECTOS HISTÓRICOS
(*) Praça da Matriz \Festejos de
São Sebastião.
Vê-se o velho carrossel de madeira (1945)
UNIDADE – II
ASPECTOS HISTÓRICOS
Os índios foram os
nossos primeiros habitantes, os povos indígenas no Ceará, que viveram e ainda
vivem foram; Os Tapebas, Pitaguary, Jenipapos, Kanindés, Potyguara, Tabajara,
Kalabaça, Kariris etc. Até o século XVII, viveram distante do contato com os
homens de pele branca. Eram nômades e viviam em bandos, sempre em busca de
terras férteis. Com a chegada do colonizador explorador, a vida ficou difícil
para os índios, eles não usavam a escrita, tudo o que sabemos deles são relatos
de padres, achados arqueológicos e documentos de algum pesquisador europeu.
A capitania do Ceará
ou (Siará), foi fundada por Martins Soares Moreno, segundo alguns
historiadores. Que em 1611 o
conquistador construiu o forte de São
Sebastião na barra do Ceará. O
Martim Soares Moreno terminando seu prazo como capitão-mor e cansado pela falta
de recursos e de pouca atenção da metrópole, retirou-se em definitivo do Ceará
em 1631.
Aos pouco os rebanhos de gado de Pernambuco rumaram para o interior da
Paraíba e Rio Grande do Norte, chegando ao Ceará e Piauí. Com este avanço os
criadores de gado foram dizimando os nossos índios, tomando posse de suas
terras, para ocupar com suas pastagens. Praticamente a criação de gado foi o
marco principal do século XVII ao XIX, esta agricultura era somente para o
sustento dos criadores de gado.
Aos poucos esses
povoamentos foram transformando nossa paisagem e fundando vilas e depois
cidades. Os primeiros criadores de gados ficaram ricos fazendeiros, logo
precisaram de homens para a lida do gado, desta forma apareceu à figura do
nosso vaqueiro, contratado para trabalhar nas fazendas.
Rua Augusto Vieira (atrás da
antiga Matriz – 1947)
Vaqueiros da redondeza em busca de lugares com bom pasto para seu gado
subiram nossa serra e aqui encontraram este local muito aprazível para suas
criações. Inicialmente o primeiro nome deste local foi “Tabuleiro da Peruca”, devido ao formato de um tabuleiro cercado de
serras e árvores com formatos de perucas.
Em sua “Monografia do município de Pedra Branca”
/ 1933,*Josué de Carvalho Nogueira, assim relatou...
(...) “pouco antes da seca
de 1845, o local onde se assenta a invicta cidade de Pedra Branca, era apenas
um vasto tabuleiro coberto sempre de verduras, em meio o qual se via uma pedra
muito branca”.
Esse tabuleiro chamava-o o Tabuleiro
da Peruca. Eram terras do antigo município de Quixeramobim.
Em épocas de retiradas, os
fazendeiros das cercanias, tangiam seus gados para esse fértil tabuleiro,
orlado de riachos, onde era abundante, a pastagem. A água é que, em certas
épocas, precisavam ser captadas em cacimbas dos ariscos da Santa Rita – um
pouco distante.
Alguns moradores que já
começavam a se reunir n’aquellas paragens aboletavam-se, uns no tabuleiro,
outros nos ariscos.
O núcleo de moradores que, em
número sempre crescente procurava aquelas paragens saudáveis e fertilíssimas da
Serra de Santa Rita, decide-se, em fim pelo tabuleiro que, - perdendo o nome de
Peruca nos costumes novos dos moradores que vinham chegando de procedências e
conhecimentos diversos – passou a ser designado pelo Tabuleiro de Pedra Branca.
E as terras encabeçadas por esse
tabuleiro – terras da serra – sobre as quais o município gosa fructos de justa
e legal enfiteuse, eram pertencentes a certo Manoel Antonio Brabo que as doou por instrumento legal, acenado por
esse benemérito Quixeramobinense e sua mulher, dona Maria Joaquina da Silva Brabo”.(...)
A respeito do nome da serra de
Santa Rita ou Serra da Pedra Branca, concordo plenamente com o Dr. Geová Lemos
Cavalcante, em seu livro “Pedra Branca
– Século XIX”, onde o mesmo defende
merecidamente que a serra é mesmo de Santa Rita. Lembrando que no livro nº. 45
do “Registro de Patentes e Comandantes
de Povoações e lugares desta Capitania,
1804 – 1828”
( Arquivo Público do Estado do Ceará) folhas 13 e 14 do referido livro, ficou
registrada a nomeação do provável primeiro Comandante da Serra de Santa Rita
passada a Bento Luiz Ramalho, por ato de 20 de Setembro de
18 04.
Portanto muito antes de surgir
às denominações de Tabuleiro da Peruca e Pedra Branca, em 1789 já servia de identificação de uma Serra denominada de Serra de
Santa Rita, que viria a pertencer ao Patrimônio da Câmara Municipal de
Quixeramobim, passando ao Patrimônio da Câmara de Maria Pereira (Mombaça). Finalmente
à Câmara Municipal de Pedra Branca, para representar sua principal fonte de
renda e mediante concessão de aforamentos.
Campanha política para o senador
Olavo Oliveira, liderado pelo
Coronel Sabino Vieira Cavalcante
– década de 50.
CERTIDÃO DE NASCIMENTO DE PEDRA
BRANCA
O documento que
prova o nascimento de uma criança é sua certidão de nascimento que é expelida
pelo hospital responsável. Este documento que hoje é obrigatório e gratuito a
todo cidadão brasileiro. Portanto o documento que prova a criação da Pedra
Branca é a Lei que é aprovada pela Assembléia Provincial do Estado do Ceará,
era coma se chamava a Assembléia Legislativa do Estado.
Pedra Branca antes
de se emancipar fora distrito de Maria Pereira (Mombaça), que por sua vez se
desmembrara de Quixeramobim em 27 de novembro de 18 51. Nosso município fora
elevado a distrito de paz por ato do Presidente da Província, Padre Vicente
Pires da Mota, pela resolução nº 678 de 20 de outubro de 18 54. Para a criação da vila de Pedra Branca, o
Deputado Francisco Gonçalves da Justa foi que apresentou o projeto de nº 58,
elevando nossa povoação à condição de vila, no dia 28 de Setembro de 18 70.
Lembrado que o mesmo Deputado foi quem apresentou o projeto para a criação da
Freguesia (paróquia) de São Sebastião no dia 23 de agosto de 18 73, pela Lei nº 1539,
com aprovação eclesiástica pelo então bispo do Ceará, Dom Luiz Antonio dos
Santos. Tratarei especificamente no próximo capítulo.
Abaixo transcrevo
aquela que considero a certidão de nascimento de Pedra Branca.
Lei Nº 1.407, de 9 de agosto de 18 71
Pedra Branca, comarca dos
Inhamuns.
Faço saber a todos os seus
habitantes que a assembléia legislativa provincial decretou, e eu sancionei a
seguinte lei:
Art. 1º - Fica ellevada à categoria de villa, com os mesmos limites do
respectivo districto, a povoação de Pedra Branca, na comarca de Inhamuns.
Art. 2º - Haverá no novo termo
um tabellião do publico, judicial e notas, escrivão do crime, cível e annexos.
Art. 3º - A villa só será
inaugurada, depois que a população fizer ao município doação de edifícios para
a casa da câmara e cadêa.
Art. 4º - Ficam revogadas as
disposições em
contrario. Mando , por tanto, a todas as autoridades, a quem o
conhecimento e execução da referida lei pertencer, que a cumpram a façam
cumprir tão inteiramente como n’ella se contem.
O secretario d’esta
presidência a faça imprimir, publicar e correr.
Dada no palácio do governo da
província do Ceará, aos nove de agosto de 1871, qüinquagésimo ano da
Independência e do Império.
(
Estava o sello)
Barão de Taquary (3).
(*) Obs: Este documento se encontra
guardado no Arquivo Público em
Fortaleza.
(*) Serra de Santa Rita. O melhor clima
do sertão central.
(*) buraquinho do amor (ponto turístico -
sítio Tábuas).
(ponto turístico - sítio Tábuas).
PROSA & VERSO
No princípio era a PEDRA
Os vaqueiros descobriram a PEDRA.
E a PEDRA se fez cidade.
– sua história, suas estórias –
É uma homenagem ao centenário do município,
Nascido ao estrepito das vaquejadas.
Preito de homenagem, também,
A meus alunos, filhos da terra.
Um pouco, aqui, de como a PEDRA,
Que era BRANCA,
Fez-se a cidade de PEDRA BRANCA.
Um pouco dos 100 anos do
município.
Um pouco de um povo.
(*) Poema do Prof. Luiz Oswaldo
Sant’lago Moreira de Souza
em homenagem ao Iº centenário de
Pedra Branca em 09
de agosto de 1971 .
UNIDADE - III
O ESPAÇO QUE OCUPAMOS
Pedra Branca tem
um relevo extraordinário,com uma área de 1.303km2, somos cercados por serras. Como
as serras do calogi, da lagoa nova, serrote do retiro, serra da inveja, serra
do cipó,do Amargoso, serra de santa Rita entre outras. Nelas existe olho d’água
e nascentes de pequenos córregos e riachos até se transformarem em grandes rios.
É o caso dos rios degredo,riacho da santa bárbara,riacho da Conceição,Caixa
d’água, rio Bonfim e riacho do mocó, santa Teresa, da barra, Bom princípio,riacho
da cachoeira, onde a junção de muitos deles se transforma no rio Patú, que vai
banhar Senador Pompeu, onde existe um reservatório d’água muito grande.
Nosso maior
reservatório de água, a barragem do Trapiá (árvore que da o nome a esta
barragem) Árvore típica da região e nome
de um sítio próximo.
UNIDADE - III
O ESPAÇO QUE OCUPAMOS
UNIDADE – III
O ESPAÇO QUE OCUPAMOS
Aqui nasce também
um dos mais importantes rios do Ceará, o rio banabuiú, o velho rinaré dos
índios Tupi-Guarani. Na serra do cipó, entre a localidade de feiticeiro, saco e
angico se localizam a nascente deste famoso rio, os principais afluentes que
formam o rio banabuiú, são, riacho limoeiro, riacho caixa-d’água, riacho
conceição. O rio banabuiú é o principal afluente da bacia do rio Jaguaribe. Pouquíssima
gente sabe deste registro histórico da nossa geografia.
DADOS DA BARRAGEM DO TRAPIÁ II
Nome do açude:
|
*Trapiá II
|
Rio Barrado:
|
Riacho da Cachoeira
|
Sistema:
|
Jaguaribe
|
Precipitação média (anual):
|
|
Área da bacia hidrográfica:
|
139 km²
|
Área da bacia hidráulica:
|
21,8 hª.
|
Capacidade hidráulica:
|
18.190.930m³
|
CARACTERÍSTICAS DA BARRAGEM
|
|
Tipo:
|
Terra homogênea
|
Extensão do Coroamento:
|
270 mt.
|
Largura do Coroamento:
|
7 mt.
|
Altura acima fundação:
|
27,40m
|
Cota do Coroamento:
|
513,50m
|
(*)
Fonte/dados da placa inaugurativa.
AÇUDES MONITORADOS – 1998
Açude/Bacia
|
Capacidade M³
|
Cota (M)
|
Volume M³ %
|
Vazão M³/H
|
Capitão Mor
|
6.312.000
|
95.97
|
4.920.000 – 78
|
30
|
*Trapiá II
|
*18.190.930m³
|
-
|
-
|
125
|
(*)
Fonte/IPLANCE-1998
NOSSO CLIMA
É importante
sabermos o nosso clima, pois dele depende nossa sobrevivência em nosso planeta.
Preservar os mananciais de água, reservatórios, olho d’água, as matas ciliares
que protegem os leitos de nossos rios. Preservar também nossas cachoeiras,
matas e animais, que muitos deles já não mais povoam nossa serra.
O clima da nossa serra e sertão são quentes e secos, com uma alta evaporação
de água. Mas sempre em meados de junho e julho o clima muda com temperaturas
oscilando entre 16º e 18º graus.
Mesmo com todo o desmatamento nosso município possui um dos melhores climas do
sertão central. Aqui se pode respirar uma brisa suave, o famoso vento do
Aracati. Nosso clima é diferente de outras cidades onde a temperatura chega a
ultrapassar os 40º grau.
O problema que
sempre atingiu nosso Ceará foi à seca, aqui tivemos períodos de estiagens
terríveis, como nas décadas de 15, 30, 50, 60, 70 e 80 do século XX, onde nossa
população sentiu na pele o flagelo da seca, aqui tivemos invasões e saques em
comércios, feitos pelos nossos rurícolas. Tempos difíceis quando o famoso açude
do povo secou várias vezes e tivemos que receber água de outros mananciais. Hoje
nossa sede e abastecido pela barragem do Trapiá.
PLUVIOMETRIA
1997
|
1998
|
1999
|
2000
|
2001
|
2002
|
2003
|
2004
|
2005
|
2006
|
853,4
|
853,4
|
853,4
|
|||||||
2007
|
2008
|
2009
|
2010
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
2015
|
2016
|
(*)
Fonte: Séc. de Agricultura do Município de P. Branca-Ce.
SÓLOS, AVES E MINERAIS.
O principal
recurso mineral do nosso município é o calcário. Sítio paisagístico é formado
por maciços residuais dissecados em cristais e colinas, por depressões sertanejas
submetidas a processo de sedimentação, predominando a nossa caatinga arbórea
(299km²), a caatinga arbustiva densa (269km²) e as matas secas (599²). Os solos
são constituídos principalmente pelo bruno não cálçico e pelo “brunizem avermelhado”, com o uso
apropriado para culturas de subsistências, o feijão o milho e o algodão, a
mamona, fruticultura a pecuária extensiva.
TABELA – SOLOS
CLASSE
|
ÁREA (km²)
|
%
|
Brunizem avermelhado
|
999,65
|
77,48
|
Bruno Vão Cálçico
|
286,65
|
22,1
|
Solos Utólicos
|
0,13
|
0,01
|
Pdzol / vermelho-amarelo
|
3,87
|
0,30
|
(*)
fonte: SUDENE / IPLANCE
(*) Jardim da EEM. Francisco Vieira
Cavalcante
FAUNA E FLORA DA NOSSA REGIÃO
A fauna e a flora
brasileira é uma das mais ricas do mundo, com mais de 20% de todas as espécies
de animais e plantas conhecidas até agora. Apesar da mão destruidora do ser
humano alguma espécie ainda resiste em nossa serra, apesar do desmatamento
desenfreado, no passado era povoada por animais e pássaros em toda a serra.
Hoje quase que totalmente extinto, ainda podemos encontrar nas pequenas matas e
na região da cachoeira-do-inferno e serra da santa Rita. Nossa terra no passado
era local de clima ameno, aonde os termômetros chegavam a marcar de 9º a 12º
nas madrugadas gostosas e onde existiam florestas de cedros, angicos, sabiás,
entre outras.
FAUNA
Pássaros
e animais da região
|
Nome
científico
|
João-de-barro.............................................
|
Furnarius rufus / furnariídeo
|
Bem-te-vi-grande........................................
|
Pitangus sulphuratus / tiranídeo
|
Galo-de-campina........................................
|
Paroaria gularis / fringilídeo
|
Sabiá-laranjeira ........................................
|
Turdus rufiventris / turdídeo
|
Sanhaço / azulão........................................
|
Stephanophorus diadematus
|
Lavandera.................................................
|
Fluvicola pica / tiranídeo
|
Rolinha.......................................................
|
Columbina passerina / columbídeo
|
Anu-preto...................................................
|
Crotophaga ani / cuculídeo
|
Periquito....................................................
|
Aratinga / psitacídeo
|
Pintassilgo.................................................
|
Spinus magellanicus / fringilídeo
|
Martim- pescador.......................................
|
Chloroceryle amazona / alcedinídeo
|
Caburé.......................................................
|
Glaucidium brasilianum / estrigídeo
|
(*)
Fonte: o autor
(*) Sólo
propício à produção de floricultura.
(*) Criação de galinhas caipiras
(*) Açude Trapiá
FLORA
Oiticica
|
Juazeiro
|
Canafistula
|
Umburana
|
Marmeleiro
|
Mufumbo
|
Cedro
|
Pau d’arco
|
Angico
|
Umbuzeiro
|
Jatobá
|
Barriguda
|
Jucá
|
Sabiá
|
Aroeira
|
(*)Fonte:
o autor
(*) Campo de Batalha - antigo sítio do Sr. João Pinto
CAATINGA
A palavra caatinga
tem origem na língua Tupi-guarani e significa floresta branca, vegetação que
nos períodos de seca as plantas perdem suas folhas para reduzir a perda de água
e os trocos ficam com um tom branco-acinzentado. A caatinga está distribuída em
844 mil km², que corresponde 9,92% do território brasileiro, engloba
principalmente o Ceará, de acordo com o Mapa
de Biomas do Brasil / IBGE / MMA-2004. As plantas da caatinga são todas
dotadas de raízes profundas que buscam água do solo e de caules que retêm a
água. Estas espécies são: o mandacaru (Cereus jamacaru), o Xique-Xique
(Pilosocereus gounellei), as barrigudas (Cavanillesia arbórea), o pau-mocó
(Luetzelburgia auriculata) umburana de cheiro, oiticica, jenipapo, jatobá,
umbuzeiro (spondias tuberosa), que segundo o grande escritor de “OS SERTÕES”, Euclides da Cunha, disse
ser esta árvore sagrada do sertão. Pois do Umbuzeiro além de saciar a sede do sertanejo
tem múltiplos uso. De suas folhas fazem saladas, do fruto, polpa para sucos,
licor, doces, e da sua raiz, faz-se farinhas, e até vermífugo.
Pedra Branca está
inserida na região nordestina, a caatinga é a vegetação característica da
região das secas, conhecida como sertão semi-árido. Nessa regiãoas chuvas são
irregulares, sol inclemente e os ventos fortes e secos. As plantas da nossa
caatinga são dotadas de raízes profundas que buscam a água do solo e de caules
que retêm a água. Em muitas delas as folhas são substituídas por espinhos.
As espécies da nossa região são:
jurema, o mandacaru, a catingueira, o sabiá o marmeleiro-preto. Já as árvores
mais representativas da caatinga, temos a aroeira, o angico-vermelho, pau-ferro
e a baraúna. Mas uma árvore que se destaca durante a seca é a oiticica e o juazeiro,
espécie que conserva a folhagem nestes períodos de estiagem.- Prosa & Verso *
Catingueira, catingueira
Diz o segredo que existe
Que somente a catingueira
Enfeita a paisagem triste
Catingueira se és feliz
Não zombes nunca
Deste teu contraste
Segura tua raiz e pede a Deus
Que ela nunca se gaste
Catingueira se um vintém
Puder se tornar um milhão
Pede a Deus por quem não tem
Pra cair chuva no chão
Pois somente a catingueira
Enfeita a seca lá no meu sertão
Sertanejo não quer nada
Vê na invernada a maior benção.
(*)
Onildo Almeida e José Maria Assis
UNIDADE - IV
ASPECTOS RELIGIOSOS
Certa vez os vaqueiros chegando próxima a área onde hoje se localiza a
cidade, avistaram ao longe uma figura esquisita de homem, todo flechado e
amarrado a um juazeiro. Chegando ao dito local nada encontraram. Encontraram
muito pasto para o gado e também muito pedras alvinitentes.
Art. 168. As Câmaras serão eletivas e compostas do número de vereadores
que a lei designar, e o que obtiver maior número de votos serão presidente.
Hoje mil setecentos e sessenta e sete quilômetros quadrados
CALENDÁRIO
COMEMORATIVO TRADICIONAL
O mundo é feito de
nomes e símbolos, nosso país, nosso estado e município também têm seus símbolos
que os identificam e representam.
HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO NO MUNCÍPIO E DADOS ATUAIS
A primeira escola
criada em nosso município foi aos 18 de
julho de 1856, instituída pela Lei
nº 745. Nesta data era criada, portanto a cadeira para o ensino das
primeiras letras para crianças do sexo masculino na povoação de Pedra Branca do
termo da vila de Maria Pereira (Mombaça). Para exercer o cargo de Professor foi
nomeado o Pe. João do Nascimento e Sá.
O mesmo foi empossado pelo inspetor escolar de Pedra Branca, Manoel Joaquim Cavalcante. O referido
Padre-Professor recebia como ordenado à quantia R$300.000 reis. O número de alunos matriculados era de 55, destinava-se exclusivamente, aos
meninos e ensinava Aritmética Elementar, Gramática da Língua Nacional,
Princípios de Moral Cristã e Doutrina da Religião Católica Apostólica Romana; a
leitura era geralmente, nos livros da Constituição do Império e História do
Brasil; era usado o antigo método Lancaster.
UNIDADE - IV
ASPECTOS RELIGIOSOS
(*)
Interior da Matriz
UNIDADE – IV
ASPECTOS RELIGIOSOS
ASPECTOS POLÍTICOS
CRIAÇÃO
DA PARÓQUIA DE SÃO SEBASTIÃO
O certo é que a velha Maria Pereira (uma das donas de Mombaça) era dona
de terras na serra de santa Rita. Muito devota do Mártir Romano. Andara
desaparecendo algumas vacas, a velha Senhora chegou a fazer promessas para que
se vier a encontrar suas vacas, mandaria erigir uma capela a São Sebastião,
como forma de pagamento.
Fatos curiosos, lendas ou crendices populares, a verdade é que a
primeira capela de São Sebastião foi benta aos 13 de março de 1853 pelo Padre Luiz Barbosa Moreira, auxiliar do
vigário de Maria Pereira, que tinha jurisdição sobre este local. O adensamento
populacional vinha crescendo, necessitando de assistência espiritual aos
moradores. Com o crescimento a Assembléia Provincial aprovou a Lei nº 1539, sancionado pelo Presidente
da Província do Ceará Francisco de Assis Oliveira Maciel em 23 de agosto de 1873, criando assim a
freguesia, segundo as fórmulas legais desta época. No mesmo ano dia 6 de
Dezembro, o Bispo Dom Luiz Antonio dos
Santos, fez a instituição canônica, aprovando formalmente aquela iniciativa
popular. Nomeando em seguida o primeiro vigário da Paróquia de São Sebastião, o
Padre João do Nascimento e Sá, que tinha vindo da Paraíba para
auxiliar seu tio e vigário de Mombaça e de lá veio tornar-se o primeiro pároco
de Pedra Branca. Pe. João do Nascimento e Sá tomou posse na sua nova sede aos 4
de janeiro de 1874.
Ao longo destes 137 anos de
paróquia, já tivemos 23 sacerdotes
vigários.
Relação dos que foram vigários da Paróquia de São
Sebastião
|
Pe. João do Nascimento e Sá
|
1873/1898
|
|
Pe. Antonio Jatahy
|
1898/1901
|
|
Pe. João Epifhânio de Freitas Guimarães
|
1901/1917
|
|
Pe. Bernardino Ferreira Antero
|
1917/1926
|
|
Pe. Lino Aderaldo
|
1926/1927
|
|
Pe. José Theógenes Gondim
|
1928/1931
|
|
Pe. Lauro Franco
|
1931/1932
|
|
Pe. Antonio Oliveira Nepomuceno
|
1933/1935
|
|
Pe. Moacir Fernandes
|
1935/1938
|
|
Pe. Domingos Vasconcelos
|
1938/1939
|
|
Pe. José Edilson Silva
|
1939/1941
|
|
José Sinval Facundo
|
1941/1942
|
|
Pe. Francisco Hélio Campos
|
1942/1943
|
|
Pe. Manoel Gomes
|
1943/1946
|
|
Pe. Abelardo F. Lima
|
1946/1949
|
|
Pe. Mauro Braga Herbster
|
1949/1952
|
|
Pe. Elineu Ferreira
|
1952/1953
|
|
Pe. Francisco Rodrigues
|
1953/1954
|
|
Pe. Geovane Sabóia de Castro
|
1954/1956
|
|
Pe. Geraldo Dantas Pereira
|
1956/2007
|
|
Pe. Glebson Evangelista
|
2007/2008
|
|
Pe. Ernandi
|
2008/
|
|
Pe. Cícero Lemos
|
2008/2011
|
|
Pe. Antonio Meneses
|
2011...
|
|
|
|
1. Santuário de São Sebastião (matriz)
2. Benção do cruzeiro do Sítio Novo (Pe. José
Castelo-O.Cist)
(*) Pe. Éneas
Mesquita, (Jesuíta), Pe Geraldo Dantas (vigário), Pe. José Castelo (Ordem Cisterciense),
Pe. José Ivan Calíope (Salesiano), Dom José Doth (bispo emérito de Iguatu).
Sagração Presbiteral dos padres filhos de P. Branca - 1962
(*) Praça Monsenhor Raimundo de Oliveira
ou Praça da Matriz ou Praça das castanholas.
(*) Prédio histórico onde funcionou a 1ª
prefeitura
Pela tradição colonial os municípios não conheceram a poder
executivo. Nesta época na existia a imagem do Prefeito, governava-se por meio
de corporações coletivas, com funções de deliberação e execução.
A Constituição do Império de 13 novembro de 1823. Em seu Capítulo II Das Câmaras assim dizia em seu artigo;
Art. 167. Em todas as cidades e vilas ora existentes e nas mais que
para o futuro se criarem, haverá Câmaras às quais compete o governo econômico e
municipal das mesmas cidades e vilas.
A expressão “coronelismo” usada para definir o chefe político a
estrutura de poder dos grandes proprietários de terras entre o fim do Império e
o começo da República. O título ou patente era dado aos grandes proprietários
rurais, vem de sua participação na Guarda
Nacional, criada em 1831 para
enfrentar a crise da regência. Com o advento da República, a Guarda Nacional é
extinta, mas os coronéis mantêm o poder em suas terras e áreas de influência. A
partir da instituição do regime representativo e a ampliação do direito do
voto, ganham a importância os partidos políticos e as eleições. Os coronéis é
quem garantem a eleição de candidatos apoiados pelo governo estadual durante a
República Velha. Controlando, apontando e manipulando os resultados das
eleições municipais.
Pedra Branca está inserida no contexto
histórico do Ceará e do Nordeste. Os grandes proprietários de terra, com seu
prestígio e que por sua vez eram os chefes políticos. Segundo a visão de Victor Nunes Leal, (autor do livro “Coronelismo, Enxada e voto”) “é um compromisso, uma troca de proveitos,
estando de um lado o poder público e o outro influxo dos chefes locais, o
primeiro fortalecido progressivamente e o segundo decadente. (...)” Claro
que além do voto de cabresto, o coronel tornou-se responsável, pelas eleições a
bico de pena, com o sufrágio dos defuntos as trapaças e vícios. O poder do
coronelismo em nosso município perdurou até meados da década de 60. No livro de
Xavier
de Oliveira, “Beatos e Cangaceiros” (1920) Ele responde como era o clima no sertão gerado
pelo prepotente coronel do sertão: “No sertão não há lei, não há direito, não
há justiça. E por isso, é como nos tempos primitivos: cada um se garante a si
mesmo, como pode.”(...)
Em nosso
município vários nomes de coronéis se destacaram onde ajudaram na construção da
história política de nossa terra. Não cabe ao historiador ou pesquisador julgar
quem mais construiu ou desconstruiu nossa história. Ao leitor cabe esta
responsabilidade, diante dos fatos. Segue abaixo alguns nomes de coronéis.
·
Coronel Brasil
·
Coronel Augusto Vieira
·
Coronel José Joaquim de Souza
·
Coronel Sabino Vieira Cavalcante
Coronel Sabino em seu gabinete
(1959)
RELAÇÃO DE TODOS OS PREFEITOS - INTENDENTES E
INTERVENTORES
1.
|
Capitão Sabino Thomaz de Aquino (Intendente)
|
1890
|
1891
|
2.
|
Capitão Leonardo Mota (Intendente)
|
1892
|
-
|
3.
|
Tenente Augusto Vieira
|
1893
|
1914
|
4.
|
Alexandre Barreto (Intendente)
|
1915
|
1916
|
5.
|
Padre João Epifânio (Intendente)
|
1927
|
-
|
6.
|
Antonio Augusto Vieira (Intendente)
|
1928
|
-
|
7.
|
Sabino Vieira Cavalcante
|
1929
|
1930
|
|
Sabino Vieira Cavalcante
|
1936
|
1939\1952
|
|
Sabino Vieira Cavalcante
|
1955
|
1959\1963
|
(*)
|
Revolução de 30 \ Pedra Branca passou a ser distrito de Senador
Pompeu.
|
1930\1932
|
|
8.
|
Augusto Vieira
|
1933
|
1935
|
9.
|
João Lins de Souza
|
1939
|
1943
|
10.
|
Luiz Lobel Lôbo (Interventor)
|
1944
|
-
|
11.
|
Quintino Brasil (Interventor)
|
1945
|
-
|
12.
|
José Vieira Cavalcante
|
1946\1947
|
1959
|
13.
|
José Julio Lins Cavalcante
|
1955
|
1958
|
14.
|
Armando Lins de Souza
|
1963
|
1965 (R)
|
15.
|
*José Mineiro
|
1965
|
1967
|
16.
|
Benício Vieira Cavalcante Neto
|
1967
|
1971
|
17.
|
Maria Eneida Vieira Cavalcante
|
1973
|
1977
|
18.
|
Aroldo Barreto Cavalcante
|
1977
|
1982
|
19.
|
Antonio Rodrigues de Oliveira
|
1982
|
1986
|
20.
|
*José Mineiro
|
*1987
|
1988
|
21.
|
Chico Ernesto
|
1989
|
1992
|
22.
|
Antonio Rodrigues de Oliveira
|
1993
|
*1996
|
23.
|
*Antonio Monteiro Mesquita
|
*1996
|
-
|
24.
|
Chico Ernesto
|
1997
|
2000
|
25.
|
Chico Ernesto
|
2001
|
2004
|
26.
|
Antonio Góis Monteiro Mendes
|
2005
|
2008
|
27.
|
Antonio Góis Monteiro Mendes
|
2009
|
2012
|
28.
|
|
2013
|
2016
|
29.
|
|
2017
|
2020
|
30.
|
|
2021
|
2024
|
|
|
|
|
*VERSOS A NOSSA TERRA
(*) Poesias de filhos e filhas ilustres e amigos de nossa terra
POEMA do PROF. LUIZ OSWALDO SANT’LAGO
M. DE SOUZA
No princípio era a PEDRA
Os vaqueiros descobriram a PEDRA.
E a PEDRA se fez cidade.
– sua história, suas estórias –
É uma homenagem ao centenário do município,
Nascido ao estrepito das vaquejadas.
Preito de homenagem, também,
A meus alunos, filhos da terra.
Um pouco, aqui, de como a PEDRA,
Que era BRANCA,
Fez-se a cidade de PEDRA BRANCA.
Um pouco dos 100 anos do
município.
Um pouco de um povo.
(*) Poema do Prof. Luiz Oswaldo
Sant’lago Moreira de Souza
em homenagem ao I centenário de
Pedra Branca em 09
de agosto de 1971 .
PEDRA BRANCA
Com aparência de mulher faceira
Branca de neve, em dias de invernada,
Na Santa Rita, a serra algodoeira,
A minha terra encontra-se encravada.
É a Pedra Branca, sempre hospitaleira,
Cheia de luz, em noite enluarada.
Minha cidade, esbelta e feiticeira,
De silvestre perfume ambalsamado.
Longe de mim. Eu fico a recordar
A pedra branca que me faz pensar
Na infância triste, na ilusão passada.
Claras manhãs, das aves a alegria,
Minha cidade de plena luz do dia
Também de sol é “loura desposada”...
PRIMEIRA VIAGEM A PEDRA BRANCA
Era o negro Ricarte quem guiava
A burra pela estrada a passo lento
A Pedra Branca mais se afigurava
Dentro da tela de meu pensamento
Íamos andando e já se aproximava
À hora exata do deslumbramento:
Transposto o alto lá embaixo estava
Minha cidade toda em movimento.
Eram casas de cores misturadas,
O açude com roupas espalhadas
Do povo e que seu nome recebeu;
E meu olhar curioso de menino,
À procura talvez do seu destino,
Por ruas e vielas se perdeu.
(*) Adauto Soares Gondim
Pseudônimo / Laurindo Fonseca
- 17. 01. 1915
+ 12.09.1981
POEMA A PEDRA BRANCA
(*)
15 de agosto de 1967 / na inauguração da energia elétrica em nosso município.
Do nosso querido Ceará está em festa
Numa saliência da terra de Iracema
Onde está localizada
Há quatrocentos e oitenta metros de altitude
Sente o progresso da nova geração
Na nossa marcha de civilização.
É Pedra Branca o antigo Tabuleiro
Marco central da grande região
Foi outrora um pouso de tropeiros
Logo depois colonos e fazendeiros
Foram chegando fazendo morada
E hoje está a terra povoada.
Nos tempos primitivos serviria de pousada
Na jornada de grandes campeadores
Antes da ruína que agentes atmosféricos causaram
Existia a capelinha que fora erigida
Com auxílio de seus primeiros moradores.
Pedra Branca no século XVIII ainda
Foi elevada a vila
Mas foi cidade
Neste século XIX
Cresceu, cresceu
Ao pé do grande mártir
Fez-se paróquia
De um povo cristão
Seu padroeiro São Sebastião
Filhos ilustres foram destacados
Nas letras, na poesia
Deste nosso Estado
Leonardo Mota, D.Aureliano Matos
E outros mais.
Uma equipe de homens formados
Na política, nomes citados
Dariam um batalhão
E o clero cearense
Também teve o seu quinhão.
De Pedra Branca homens e mulheres
Revestidos de honras religiosas
Formam um grupo de vidas virtuosas.
Em nossos dias Pedra Branca é progresso
No Estado tem grande posição
Seus representantes, homens esforçados
Já viram as obras dos filhos deputados
E do prefeito filho ilustre dedicado!
De longe, o progresso chegou até aqui
Andou, fez curva, ocorreu, pulou, subiu serra
E tudo clareou.
Sozinho não chegava,
Mas alguém acompanhou, colaborou
E trouxe Paulo Afonso a Pedra Branca
Clareando a serra tão bonita
Da exaltada e milagrosa Santa Rita.
Nada te falta boa Pedra Branca
Para que sejas tão bela ainda
Clima com belezas naturais
Há quatro anos conheci gostei
Se algumas tristezas em ti passei
Não és culpada de minhas amarguras
Quando teus filhos
Compreenderem-me um dia
Não me acharão
Aventureiro, forasteiro
Minha contribuição é pequena
Ao teu progresso
Mas quero te ver feliz, confesso.
Prof. José Augusto Torres
*18 de agosto de 1935
CEARÁ
– POPULAÇÃO RESIDENTE
1.1
|
POPULAÇÃO DO CEARÁ:
|
URBANA:
|
RURAL:
|
*
|
6.809.794
|
4.713.311
|
2.096.483
|
1.2
|
POPULAÇAÕ PEDRA BRANCA
|
URBANA:
|
RURAL:
|
*
|
42.152
|
|
|
(*)
Fonte: IBGE/
DATA:
|
COMEMORAÇÃO:
|
LOCAL:
|
||
Janeiro
|
|
|
||
20
|
Padroeiro
SÃO SEBASTIÃO
|
Feriado
Municipal
|
||
Fevereiro
|
|
|
||
Data móvel
|
Carnaval e Cinzas
|
Geral
|
||
Março
|
|
|
||
19
|
Dia de São José / Padroeiro do Ceará
|
Estado
|
||
Abril
|
|
|
||
Data móvel
|
Semana Santa
|
Geral
|
||
Maio
|
|
|
||
2º Domingo
|
Dia das Mães
|
Geral
|
||
Junho
|
|
|
||
Data móvel
|
Corpus Christi
|
Geral
|
||
29
|
Festa
SS. Coração de Jesus
|
Feriado
Municipal
|
||
Julho
|
|
|
||
|
Férias escolares
|
-
|
||
Agosto
|
|
|
||
09
|
Semana
do Município
|
Feriado
Municipal
|
||
Setembro
|
|
|
||
07
|
Semana da Pátria
|
Geral
|
||
Outubro
|
|
|
||
12
|
N. S. Aparecida / Padroeira BRASIL
|
Geral
|
||
15
|
Dia do Professor
|
Geral
|
||
Novembro
|
|
|
||
13
|
Aniversário
Pe. Geraldo Dantas Pereira
|
Feriado
Municipal
|
||
15
|
Proclamação da República
|
Geral
|
||
Dezembro
|
|
|
||
25
|
Natal
|
Geral
|
||
31
|
Passagem de Ano-Novo
|
Geral
|
||
NOSSOS SÍMBOLOS
Os símbolos que
representam o Brasil são nossos símbolos nacionais; a Bandeira Nacional, o Hino
Nacional, as Armas Nacionais e o Selo Nacional.
Pedra Branca também
possui seus símbolos municipais; A Bandeira Municipal e o Hino Municipal.
BANDEIRA BRASILEIRA
HINO NACIONAL
BANDEIRA DO CEARÁ
HINO DO CEARÁ
BANDEIRA DE PEDRA BRANCA
HINO DO MUNICÍPIO
A escola de primeiras letras para
crianças do sexo feminino foi criada em 29
de outubro de 1869, pela resolução
nº 1.299, O Presidente da Província do Ceará, Desembargador João Antonio
d’Araujo Freitas Henrique, nomeou em 1º
de junho de 1870 a professora Idalina Maria Hermelinda da Glória,
segundo consta no * (Livro nº
350
fls. 39-39 v, Arquivo Público do Ceará). A ilustre Professora
Idalina exerceu o magistério em nossa terra durante 15 anos, a mesma veio se
aposentar pela Lei nº 2133, de 20 de novembro de 1886, e sancionada
pelo Presidente da Província Enéas de Araújo Torreão. Como sua substituta foi
nomeada a Professora Maria Araújo de Lima, que não tomou posse do cargo. Com a
vacância do cargo, foi nomeada a professora Maria dos Anjos Barreto, entrou em exercício em 04 de setembro de 1900. A referida
Professora entrou em gozo de licença remunerada em 11.06.1907, assumindo o
cargo interinamente a Professora Ana
Maria Barreto.
HISTÓRICO DA 1ª ESCOLA DO MUNICÍPIO
EEFM. FRANCISCO VIEIRA CAVALCANTE
(*) Artigo publicado no jornal Diário do
Nordeste,(data;__\__\___ )
DADOS DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL
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ResponderExcluirProfessor Mário Angelo, sem querer ofendê-lo. Acredito que tem algo errado quando voce se refere a população urbana e rural do município de Pedra Branca.
Excluir1.2. POPULAÇAÕ DE PEDRA BRANCA: 42.152
URBANA: 3.678
RURAL: 5.050
A soma de ambas, rural e urbana, deveria ser igual a total.
Em consulta a pagina do ibge censo demografico de 2010, pude observar o seguinte: População total: 41.890
População residente rural 17.380
População residente urbana 24.510
Fonte: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/xtras/temas.php?codmun=231050&idtema=1&search=ceara|pedra-branca|censo-demografico-2010:-sinopse-
Obrigado e desculpa pelo atraso. Mas já estamos reformulando todo o BLOG.
ExcluirNOTA 10
ResponderExcluirCorreto nobre colega e muito obrigado.
ResponderExcluirEstamos criando um novo BLOG com nossa WEB TV, documentários históricos e reportagens da nossa terra ao vivo. Fique ligado e nossas desculpas. Obrigado.
ResponderExcluirBoa tarde Sr Mario Ângelo, o Sr tem algum estudo, livro sobre as migrações para o corte de cana em São Paulo??
ExcluirOlá professor Ângelo!!! Me chamo Juliane Alves, sou estudante do curso de mestrado em Geografia da UECE. Estou estudando o município de Pera Branca. Gostaria muito de ter acesso as referencia de seu livro.
ResponderExcluirEstarei lançando a segunda edição do meu livro depois das eleições. AGUARDE.
ExcluirParabéns Pelo Blogger sobre o Município de Pedra Branca, me ajudou muito no meu TCC. Abraços !
ResponderExcluirAss: Jefferson Benevides Rodrigues
Prezado sr. Angelo, saudações!
ResponderExcluirPesquiso a história da minha família e informações me levaram a chegar em Pedra Branca como ponto importante desta história. Contudo, moro no Piauí e não conheço ninguém que possa me orientar com informações e referências a respeito. Meu sexto avô passou por esta região por volta de 1840. Um de seus filhos, homônimo, José Joaquim da paz foi negociante ligado ao partido liberal, suplente de delegado e adjunto do promotor publico em Pedra Branca, na década de 1870, quando ainda era comarca de Maria Pereira. Não sei quando faleceu nem quem eram seus filhos ou demais informações. Desta feita gostaria de obter contato vossa mercê, no intuito de me aprofundar nestes tópicos. Meu e-mail heldopaz@gmail.com
Me envie os nomes de seu sexto avô e avó.E demais avós na mesma ordem. Me muito importante. José Joaquim de Souza é nome de uma rua do Paço Municipal da Prefeitura Municipal, próxima da matriz de São Sebastião. Também me informe o nome de seus pais, sua ligação com nossa cidade. Desculpe o atraso. Quando puder venha nos visitar. Procure-me. Novo email: ANGELOSADEFREITAS@YAHOO.COM.BR. Facebook: MARIO ANGELOANGELO. oObrigado ilustre amigo.
ExcluirPai joao Cristovão da Silva e mãe Maria José Cristóvão da Silva
ExcluirProcurando a família Cristóvão da Silva
ResponderExcluirEntrar em contato com Maria lidoina Cristovão da Silva 2720 4112
ResponderExcluirBoa noite prof Ângelo, é um imenso prazer ter acesso a essas informações tão importantes sobre nossa cidade querida. Moro na capital e já faz um tempo que estou a procura de mais informações sobre minha família. Meus avós de chamavam Jaime Pereira de Sousa e Francisca Pereira de Sousa, primos legítimos e vindos de uma família tradicionalmente endogâmica de origem paraibana. Pesquisando com pessoas mais velhas e aliando a costumes familiares, percebi uma similaridade muito forte com tradições de famílias marranas descendentes de judeus que migraram pro nordeste. Gostaria de saber se você tem informações sobre esse assunto e se pode me ajudar nessa pesquisa.
ResponderExcluirAgradecida.
Email:maiara.pereira@aluno.uece.br
Tel:(85) 997666380
Olá, boa noite professor Ângelo! Me chamo Kaio Nathan, sou estudante do curso de licenciatura em história da UECE. Estou produzindo um trabalho sobre a importância da mulher na política de Pera Branca. Gostaria muito de ter acesso a algumas informações em relação do envolvimento da mulher no meio político do municio.
ResponderExcluirvou deixa meu contato e meu E-MAIL se caso você venha ter alguma coisa que possa esta me ajudando.
(88)997957001
kaionathan39@gmail.com
Parabéns Mário Ângelo,seu blog me ajudou muito!Obrigada!
ResponderExcluirBoa tarde! Procuro pela história de antepassados Alves Barbosa, de 1899. Não sei se tem algum Justino Alves Barbosa anterior a data de 1899.
ResponderExcluirMeu bisavós maternos Cosme OLiveira Chaves e Luzia Gomes de Oliveira são desta cidade Gostaria de saber se há arquivos digitalizados que me permitissem pesquisar pela internet. Meu avô materno nasceu aproximadamente em 1896, João Oliveira Chaves. Há alguma família Chaves na cidade ainda?
ResponderExcluirMeu bisavós maternos Cosme Oliveira Chaves e Luzia Gomes de Oliveira são desta cidade Gostaria de saber se há arquivos digitalizados que me permitissem pesquisar pela internet. Meu avô materno nasceu aproximadamente em 1896, João Oliveira Chaves. Há alguma família Chaves na cidade ainda? Meu avô veio para ser encarregado de uma propriedade em Caxias (MA), a que foi dado o nome de Bom Princípio, vi que é o mesmo nome de uma bairro daí.
ResponderExcluirPeof Angelo, minha familia é daí, Soares Gondim, os Fenelon. Gostaria de informaçao ataque cangaceiros sitio Andresa, decada de 30, quando o meu tio Antonio Fenelon, de dentro de casa atirou na porta e atingiu um deles. Gostaria trocar ideias. 85.98225.5061 zap, Francisco Jose Soares
ResponderExcluirBusco informações sobre a família Soares, sítio São José, Pedra Branca
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Olá.
ResponderExcluirEstou buscando as raízes da minha família por parte de minha mãe, os Soares, sítio São José, Pedra Branca.